Essa é a primeira resenha dupla do blog. Vamos
explicar um pouco melhor...eu (Franciely) e o Vinicius gostamos muito de ler,
porém temos gostos diferentes e portanto, opiniões diferentes em relação a um
mesmo livro.
Assim, resolvemos fazer uma inovação no blog. As resenhas duplas demonstram exatamente como diferentes pessoas têm impressões divergentes sobre um livro. Não diremos que um livro é ruim ou bom, falaremos o que nós achamos sobre o mesmo.
Resenha Dupla:
O Motivo, de Patrick Ness
Mundo em Caos #01
Para facilitar a identificação de quem falou o que, vamos
separar por cores. O texto em si será escrito da forma habitual. As minhas
opiniões serão escritas de vermelho e as do
Vinicius de azul.
É o primeiro livro distópico que
eu li, a capa não me agradou, mas o conteúdo...isso é outra história.No meu caso não foi a primeira “distopia” (eu não acho q é um livro totalmente distópico). Confesso que a capa também não me agradou, mas esse é realmente um dos casos de “não julgue um livro pela capa”.
Todd é um garoto que cresceu em uma cidade um tanto estranha
no Novo Mundo, muitas pessoas deixaram a Terra e foram buscar um outro planeta
para terem uma vida mais simples e religiosa. Acontece, que muitas coisas
saíram dos conformes.
O único amigo do jovem era Manchee, seu cachorro falante, já
que ele era o último garoto. Todos já haviam completado 13 anos e portanto,
eram homens.
Em Prentissburgo, que para Todd era a última colônia que sobrevivera, não havia silêncio, nem mesmo durante o sono. Isso era explicado como uma doença em forma de germe lançada pelos spackle (nativos desse planeta) durante a guerra. Esse mesmo germe havia matado todas as mulheres, metade dos homens e feito com que os animais falassem.
Os pensamentos de todos flutuavam no lugar como uma confusão de vozes – isso era chamado de Ruído. Quase aos treze anos, Todd se depara com um buraco no ruído – Silêncio – o que era para ser impossível – ele fica atordoado com isso, toda uma história que ele conhecia poderia ser mentira?
Era só o começo da grande e assustadora aventura que ele teria pela frente.
Ben e Cillian, os homens que haviam criado o garoto desde a morte de sua mãe, nesta mesma tarde, arrumaram uma mochila com algumas coisas – entre elas, um mapa e o diário de sua mãe – e o mandaram ir embora da cidade. Disseram que ele deveria fugir e que depois ele saberia o que fazer...
O menino se vê então em um beco sem saída, deverá sair da cidade para o nada. Não havia nada além de Prentissburgo, não é? O que ele sabe de verdade é que tem que fugir. Não sabe o porquê nem para onde. Mas, precisa ser já.
O livro é envolvente, te prende
na leitura. No final você fica já ansioso pelo segundo volume (A missão). No
decorrer do enredo, percebemos um amadurecimento do jovem Todd, com tantas
coisas que ele enfrenta não poderia ser diferente.
A escrita de Patrick Ness é bem diferente do
usual, o que me chamou bastante atenção, no desenrolar da história acontecem
muitas reviravoltas (algumas que me agradaram e outras que me chatearam).
Uma coisa que eu não gostei muito no livro foi o final, não
que ele tenha um final fraco, mas sim pela forma como a história “termina”, te
obrigando a ler o segundo volume para saber como tudo acaba.
A forma como Ness escreve é diferente dos livros que eu li,
ele escreve como os personagens realmente falando, “ocê”, “dimais”,
“cimitério”, e isso é até divertido, como quando lemos a carta (ou e-mail, mais
atualmente) imitando a voz da pessoa.
Por fim, decidimos que o livro merece a classificação de 5
canecas.
Se quiser conferir a resenha do Segundo volume da série clique aqui
