O livro é um dos clássicos do escritor francês e como já
ouvi muito falar dele tive que dar uma conferida.
Fíleas Fogg um homem misterioso, calmo e impassível. Sua
vida era regrada, com horários fixos seguidos à risca todos os dias. Ninguém
sabia nada sobre ele. Só era visto em seu trajeto ao Clube Reformador, onde
jogava uíste (um jogo de cartas) com outros cavaleiros.
Vivia em Londres, sem mulher ou filhos, era um homem rico,
mas ninguém sabia de onde surgiu a sua fortuna. Acabara de contratar um novo
empregado, já que o antigo havia falhado com ele. João, mais conhecido como faz
tudo, estava agora em busca de um patrão mais tranquilo. Fíleas, apesar de sua
insensibilidade com o que ocorria a sua volta era um homem sossegado e isso
agradava o Faz-Tudo.
Durante uma partida de uíste com seus camaradas habituais
surgiu o assunto do assalto ao banco de Londres e as possibilidades da fuga do
ladrão. Entre as posições que achavam que o ladrão poderia sair ileso pelas
facilidades de fuga. Fogg afirmou com veemência que o fugitivo poderia
facilmente desaparecer, enquanto outros negavam apesar das inovações nos
transportes.
No meio desse diálogo surge a ideia da volta ao mundo, que
Fíleas defendeu ser possível em apenas 80 dias (na época viajar era algo bem
complicado, ano 1872). Seus companheiros de jogo acharam aquilo um absurdo
ainda mais com os imprevistos que poderiam atrapalhar. Fogg impassível, como
sempre, garantiu que isso já estava incluído nas suas contas e assim surgiu uma
aposta.
Nessa viagem muito bem
organizada, com itinerários minimamente especificados acontecem muitas coisas
que estavam fora dos planos. Ainda por cima, um policial encarregado de
investigar o assalto ao banco acredita que o Fíleas Fogg é o culpado e que essa
aposta era apenas um modo de fugir disfarçadamente.
Nessa viagem ao mundo, vemos
culturas diferentes, rituais diferentes e até absurdos. Vemos as encrencas em
que Faz-Tudo se mete e como Fogg reage a tudo de uma forma bem impessoal (não
demonstra emoção alguma).
O livro é pequeno, mas rico em
detalhes geográficos, entre outros. A linguagem não é fácil nem difícil, tem
muitas palavras não comumente usadas, porém acrescentam em nosso vocabulário.
Obs.: Eu li a versão traduzida e adaptada de
Paulo Mendes Campos.
No contexto geral eu indicaria 3
canecas ao livro!