quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Resenha: O Nome do Vento, de Patrick Rothfuss

          O nome do Vento, A Crônica do Matador do Rei: Primeiro Dia.
          Nesse livro, Patrick Rothfuss nos leva em uma viagem até Os Quatro Cantos da Civilização. Um lugar onde magia e ciência se encontram. Um lugar onde canções escondem pequenos mistérios. Um lugar onde um homem se divide entre herói e vilão. E esse homem se chama Kvothe.

"Meu nome é Kvothe, com a pronúncia semelhante à de 'Kuouth'. Os nomes são importantes, porque dizem muito sobre as pessoas. Já tive mais nomes do que alguém tem o direito de possuir"- Kvothe, O Nome do Vento.

          O livro começa em uma humilde hospedaria chamada Marco do Percurso. Onde um grupo de amigos contavam histórias enquanto eram servidos por Kote, o hospedeiro, quando um homem entra na hospedaria coberto de sangue, com a roupa em retalhos e carregando uma manta com algo enrolado dentro. "Era uma aranha do tamanho de uma roda de carroça", mas não tinha olhos nem boca. Momentos depois, um homem buscava abrigo em um fogueira de desconhecidos após ser roubado, quando foram atacados por estranhas criaturas vindas da floresta. O homem acaba sendo salvo por Kote, que o leva até Marco do Percurso.
          Conversando com o homem, Kote descobre que ele é um cronista, alguém que viaja pelo mundo procurando por histórias interessantes. E por sua vez, o Cronista descobre que Kote é , na verdade, Kvothe. O homem que muitos admiram e temem.
          Kote decide contar a sua história para o Cronista com algumas condições. A primeira era que ele deveria escrever exatamente o que era dito; e a segunda era que o Kote precisaria de exatos três dias para contar tudo. (Dai o nome "Primeiro Dia"). E é aqui que a aventura começa de verdade.

          "Meu primeiro mentor me chamada de E'lir, porque eu era inteligente e sabia disso.
Minha primeira amada de verdade me chamava de Duleitor, porque gostava desse som. 
Já fui chamado de Umbroso, Dedo-Leve e Seis-Cordas. Fui chamado de Kvothe o Sem-Sangue; 
Kvothe, o Arcano. e Kvothe, o Matador do Rei. Mereci esses nomes. Comprei e  paguei por eles."
- Kvothe, O Nome do Vento.

          O livro passa a ser narrado em primeira pessoa, tendo o próprio Kote/Kvothe como narrador. Começando quando Kvothe era apenas um garoto que viajava com sua trupe de seus pais, participando de apresentações teatrais e truques pelas cidades por que passavam. Em uma das cidades pela qual passou, Kvothe encontra com Abenthy, um senhor que se dispõe a acompanhar a trupe e ensiná-lo alguns de seu próprio truques. Ben (Abenthy) o ensinou a arte da Simpatia, conhecida por muito como magia, contou sobre a Universidade, uma escola para onde as pessoas iam para aprender sobre história, física, biologia, a arte de nomear e outras coisas.
          A história evolui até o ponto em que Ben tem que abandonar a trupe. Kvothe continua sua jornada até que um grupo de demônios chamado de Chandriano assassina sua família, deixando apenas ele vivo. O garoto vaga pela floresta com apenas seu alaúde como companhia. e depois de um tempo acaba na cidade de Tarbean, onde passa alguns meses dormindo nos telhados das casas e pedindo esmola nas ruas. Até que decide tentar entrar para a Universidade. E eu vou parar por aqui porque tudo que vier depois pode ser spoiler. (x.x)
Kvothe in Tarbean, by Harmal - Deviant Art
          O começo pode ser um pouco parado, já que a intenção do autor não era de fazer um livro repleto de aventura. E as 650 páginas podem te assustar um pouco. Mas uma coisa eu digo: Não desistam! Esse livro vale cada segundo que você passa lendo. A escrita do Patrick Rothfuss (Pat, pros íntimos -qq) é tão ao mesmo tempo suave e rebuscada, o que deixa a história balanceada.
          Muitos livros dizem que Magia não é ciência, é algo que não se explica, não se estuda. Mas não aqui, o autor conseguiu explicar a Simpatia de uma forma tão real e lógica que você se sente triste quando faz o que ele explica e nada acontece. Se você já é fã do gênero fantasia ou quer começar, leia O Nome Vento, você vai se apaixonar de cara.

5 Canecas!

Se quiser conferir a resenha de O Temor do Sábio, volume 2 d'A Crônica do Matador do Rei é só clicar aqui.

2 comentários:

  1. Estava ansiosa para ver a sua resenha sobre este livro. De longe, é o meu preferido atualmente (ele e o temor do sábio). O livro é tão poético, profundo. Nunca vi nada parecido. Como você disse, vale a pena cada palavra lida, cada segundo dedicado ao livro. :D

    Livre Leve Livro

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    Respostas
    1. Com certeza! O livro consegue ser uma aventura para aqueles que procuram por uma e uma grande lição de vida para quem procura mais a fundo os significados das coisas. Sem sombra de dúvidas, o Patrick Rothfuss é um dos melhores de hoje em dia.

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