Resenha: A Arma Escarlate, de Renata Ventura

Uma escola de bruxos no Brasil? Sim, mas não é só isso, essa escola fica no Corcovado, um dos principais pontos turísticos do Rio de Janeiro.

Mais um belíssimo livro de fantasia que pude ler, A Arma Escarlate me prendeu de tal forma que é impossível explicar. Palavras não bastariam. Publicado pela Editora Novo Século, esse livro simplesmente destrói qualquer preconceito contra autores brasileiros que ainda pudesse existir nos corações dos leitores nacionais.

Esse livro de pouco mais de 500 páginas fluiu tão bem que ao mesmo tempo em que eu queria saber seu final, não queria terminá-lo. A missão foi cumprida no último dia de 2014 e, fiquei com uma ressaca literária tão grande que não sabia se iria resenhá-lo ou não. Não achava que nada que eu pudesse falar poderia ser o suficiente. Mas, enfim consegui.

Hugo é um menino que cresceu no morro Dona Marta, conviveu com o tráfico e o descaso do governo com a comunidade. Essa Renata conseguiu colocar na fantasia os problemas reais, genial!

Em meio a uma invasão da polícia recebeu uma mensagem um tanto estranha. Ele foi convidado a estudar em uma escola de bruxos. A ideia era meio maluca e até ele mesmo achava que seria louco em acreditar. Mas, ele acreditava. Precisava. Era sua única saída.

E ele foi.

Tendo que se adaptar a esse novo mundo e, ainda, com sua personalidade "forte", Hugo se mete em problemas, mas sua perspicácia o ajuda. Além, é claro dos seus novos amigos.

A Renata Ventura criou personagens cativantes e completos. Ela se aprofundou nos aspectos da trama, sem deixar aquela impressão linear que acompanha tantos livros de fantasia. Estou mesmo tentando não dar spoiler, mas a vontade de falar sobre os personagens é grande demais. Porém, sei que parte da emoção é você conhecê-los enquanto está lendo.

Eu realmente gostei demais desse livro. Já está entre os meus favoritos. E o que dizer dessa capa, hein?

Eu quero muito ler a continuação: A Comissão Chapeleira que pelo que sei está fazendo o maior sucesso!

 5 canecas mais que merecidas