terça-feira, 8 de setembro de 2015

Resenha: Azincourt, de Bernard Cornwell

Volume único
Publicado pela Record no Brasil, Azincourt é mais uma excelente obra de Bernard Cornwell. 

Em uma das mais famosas batalhas da história britânica, em meados do século XV, o livro retrata a vitória mais do que inesperada dos ingleses. Um triunfo alcançado com muita luta e muitas flechas.

Nos é apresentado o jovem Nicholas Hook. Nick é um jovem arqueiro muito talentoso e forte, porém acredita estar amaldiçoado. Sua família tem uma rixa com os Perril desde a época de seu avô e o ódio dessa contenda permeia cada geração, assombrando-o com essa maldição.

Em 1415, enfrentará a sua maior batalha. O Rei Henrique V reclama o trono da França com um exército pronto a iniciar sua investida no território, como que para provar seu direito ao trono, sendo as vitórias uma demonstração do direito divino e abençoado por Deus. Mas, a sua jornada não é tão simples e a morte é iminente.

O exército, desolado, enfrenta doenças, fome e a resistência de seus inimigos. As coisas não saem como esperado e a situação para os ingleses está indo de mal a pior. Com cerca de metade do exército original, após sua primeira investida no território francês que apesar de lhe conceder a vitória, lhe custou muito, muitos já se resignaram acreditando na derrota.

O exército está em número desastrosamente desvantajoso em relação ao exército francês. Mas, ainda assim o Rei Henrique insiste em sua investida. Apesar do exército pequeno e doente, o Rei acredita na vitória e levará suas tropas ao combate.
Azincourt by woutart

As batalhas são descritas de forma intensa e emocionante, cada golpe, cada movimento é magistralmente bem descrito. Os acontecimentos compõem um quadro esplêndido de pesquisa histórica, arremetida a uma narrativa de aventura e capacidade de nos imergir no contexto, tal qual é simplesmente incomparável.

É impossível largar Azincourt durante uma batalha. O ritmo é tão cadenciado que quase esqueci de separar as quotes.
Como sempre Cornwell garantiu o lugar de favorito para mais um de seus livros.

“Não havia lugar para as graças sutis de um campo de torneio, nem espaço para mostrar habilidades de espadachim, este era um lugar para bater e matar, decepar e ferir, encher o inimigo de medo...”

“Foi então que o júbilo da batalha lhe veio, o puro júbilo de ser um senhor da guerra, blindado e armado, perigoso e invencível.”


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